terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um Novo Ciclo - Feliz 2011

Todo início de ano, todo reinício de ciclo, somos praticamente compelidos cultural ou psicologicamente a repensar nossas escolhas, a reestruturar nossas vidas. É impressionante que, no estudo das culturas arcaicas, desde as culturas que chamamos de clássicas como a Grega, a Indiana ou a Egípcia até os seus primórdios no neolítico, a vida humana sempre foi medida em ciclos, ciclos de repetição, do eterno retorno. Reiniciar o ano, a contagem dos dias é, talvez, a forma mais intrínseca aos processos da natureza humana que ainda podemos obter nos dias contemporâneos.

Ponto Zero
Nossa necessidade visceral de voltar ao ponto zero, ao momento da criação, ao que alguns denominam de “tempo forte”, momento em que a energia material e científica de um “big-bang” encontra a energia primitiva e religiosa de uma “gênesis”, de um dilúvio, de uma reestruturação primordial do cosmo.

Em busca do centro 
Nesse início de ano me peguei lendo livros sobre religião. Na realidade me surpreendi como em menos de uma semana e meia foram devorados cinco livros sobre arqueologia, antropologia, religião e mitologia. O que as pessoas procuram quando se interessam por religião? Caminhos para a salvação em Cristo? Veredas para uma iluminação budista? Formas de encontro, ou de re-encontro – Religião como um re-ligare, como um ligar-se novamente a algo do qual fomos apartados nos primórdios dos tempos?

Pensei em como as pessoas, das mais diversas culturas e religiões se comunicam com o que compreendam como o “sagrado”, seja ele exterior ou interior. Como as pessoas “rezam”, “meditam” etc. Nas culturas ocidentais, derivadas principalmente de uma miscelânia de Judaísmo, Jainismo, Zoroastrismo, Cristianismo(s) e Islamismo, todos comunicam-se com o sagrado - em geral exteriorizado – com uma mesma característica:

Os católicos e judeus juntam as mãos cruzadas ou espalmadas à frente do rosto e pronunciam fórmulas rituais pré-determinadas ou conversam livremente. Os islâmicos ajoelham-se e se prostram. Seja como for seus corpos estão sempre simétricos, se passarmos uma linha vertical separando o lado direito do lado esquerdo teremos dois lados idênticos, espelhados. Só definindo dois pólos, dois lados, somos capazes de definir um centro, uma ordem, um início. Por isso todas as religiões, seitas etc ao redor do mundo se unem (cada uma a seu) sagrado, definindo um centro, seja pessoalmente ou em danças circulares (um círculo pressupõe um centro) ou mesmo ao redor do mundo com milhares de fiéis (por exemplo) voltados para um único centro como a Caaba, em Meca.

Nosso centro, nossa vida
Muitas vezes, dentro dos inúmeros papéis que somos obrigados a representar ao longo do dia, sentimos como se a velocidade e as exigências do mundo lá fora nos afogassem, como se perdêssemos nosso “eixo” e nos perguntamos:
O que eu realmente quero?
-*-
Por quê estou agindo de determinada maneira se não condiz com quem quero me tornar, com o resultado que desejo obter?
-*-
Qual é a coisa mais importante na minha vida?
-*-
Qual é o centro produtor do sentido no caos do meu dia-a-dia?
-*-
Qual é o sentido, para onde vai a vida que vivemos?
-*-
É isso o que eu quero?
-*-
Estou vivendo o que gostaria de ver publicado como minha biografia?


Respeito à autonomia e liberdade 
Para além das possibilidades institucionalizadas, as melhores respostas para seres humanos (porque indivíduos únicos) são as experiências e percepções pessoais. É disso que trata, também, o processo do Coaching, agir nu mundo de forma congruente com nossos valores e metas.

Bem vindos todos ao novo ano e à possibilidade de re-criar um mundo baseado nas tuas crenças, no teu potencial, nas tuas convicções e desejos. Bem vindo à aventura de ter 365 dias, duas mãos e uma mente livre!


Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
Criador do Coach Quíron

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