quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Distúrbios da Percepção: Ansiedade e Intolerância

"Muito aprende quem bem conhece o sofrimento" Canção de Rolland (circa 1100) 
Essa semana passada tive um problema seríssimo gerado pela ansiedade de uma pessoa na minha família. Ela estava sobre um estresse enorme, fruto de um ato de violência urbana sofrida. Pediu que eu a ajudasse e, como não pude auxiliá-la da maneira como ela esperava exatamente no momento em que ela esperava, eu fui severamente agredido por ela. Em sua ânsia por ajuda ela não conseguiu racionalizar que o grande perigo já havia passado e, projetando a culpa da violência sofrida em mim - que prometeu que ajudaria, mas não ajudou no tempo esperado, que era o tempo imediato - procurou me agredir emocional e psiquicamente da forma mais pesada e vil possível.

Claro que fiquei triste e irritado no momento, decepcionado e preocupado mais do que tudo. O que levaria uma pessoa querida a tão grave ato de claro desespero? O que me fez pensar em escrever esse artigo foi a intensidade da ansiedade que faz uma pessoa chegar nesses extremos de violência a ponto de desejar que eu sequer tivesse nascido!!


Esse tipo de ansiedade está além do que poderíamos atribuir especificamente a um indivíduo e suas circunstâncias pessoais. Esse mal-estar causado por um sentimento de apreensão e inquietude é gerado também por fatores sociais e midiáticos. Afinal, quantas vezes ouvimos as palavras: "Risco", "medo", "receio", "insegurança", "incerteza", "ameaça", "terror", "terrorista" ao longo do dia? Desafio qualquer um a ligar a TV e a contabilizar essas palavras em uma folha de papel. Fazendo um risco para cada uma das palavras - à maneira daqueles testes psicotécnicos do Detran - e, ao longo de vinte e quatro horas, sinceramente duvido que não usemos os dois lados da folha.


Esmagado
Limitar as escolhas possíveis para vender um produto, ideia ou candidato como "o melhor possível" ou "o único racionalmente viável" é uma estratégia simples e comum para se divulgar qualquer objeto "comprável" ou sujeito "elegível". Acontece que limitar constantemente as escolhas possíveis para forçar uma leitura rasa da pluralidade do mundo que consiga nos fazer acreditar na ideia de que só o produto X ou o político Y é capaz de solucionar aquilo que identificam para nós (sempre de fora!) como um grande "problema", gera uma apreensão desesperadora!

Perdendo a direção
A sensação de estreitamento das opções causa uma excitação e desespero que suspendem a condução da personalidade racional. Isso me lembra o arcano 7 do tarô, "O Carro", e sim, eu gosto de compreender a psique através de símbolos. A carta do Carro nos mostra um carro sendo conduzido por um homem forte que puxa dois cavalos que correm em direções diferentes. Um corre para a direita, outro para a esquerda e o condutor consegue fazer com que o carro se mova para frente, ainda que os cavalos acreditem que estão indo cada um para um lado.

É um pouco do que acontece com uma mente saudável: há conflito de interesses, há cálculos e
perspectivas e pressões e forças puxando para todos os lados, mas é o condutor que deve tomar as rédeas e decidir o destino final para além das pressões externas que nos forçam para um lado ou para o outro. Manter uma população refém da repetição constante de palavras que esmagam nossa capacidade de raciocinar e tomar decisões conscientes, enfraquecer os braços do cavaleiro (os mesmos braços que só podem ser fortalecidos pelo esforço e trabalho constante em pensar, discernir e decidir) é o que a nossa cultura midiática faz, constantemente. Para vender segurança precisamos sentir a insegurança sempre respirando na nossa nuca!

A mensagem, clara, é: "Renda-se! Desista de decidir! Nós lhe daremos a solução!". E é claro que eles terão um conjunto gigantesco de "especialistas" para dar as "informações", "dados" e "argumentos" que você precisa considerar. Convenientemente eles esquecerão de mencionar que eles próprios, os "especialistas", enquanto ditam as "soluções", têm seus próprios interesses e nem sempre são os nossos.

Raízes da ansiedade, a angústia
O nosso vocábulo "ansiedade" vem do inglês "anxiety", assim como alguns sinônimos como "apreensão" também, "apprehention", mas as primeiras grafias do termo vêm do latim "angustus" de onde deriva o alemão "angst" e a nossa versão latina "angústia". Essa sopa cultural de letrinhas serve para sabermos onde procurar para podermos saber o que já foi pensado ou escrito sobre essa "iminência de um perigo indeterminado e ameaçador" (Dicionário de Filosofia) que conjuga um medo difuso da morte com a incerteza de um futuro ambíguo.

Sob esses diferentes nomes vários de nossos filósofos, psicólogos, sociólogos, antropólogos e pensadores de uma maneira em geral já se debruçaram sobre o tema. Então vamos usar um pouco do arcabouço teórico de cada um para entender o que é, como se manifesta e, principalmente, como podemos nos precaver para não mergulhar intensamente nesse sentimento que só pode ser bem descrito como "torturante".

A angústia na filosofia
Os filósofos Ludwig Klages e Martin Heiddeger identificaram a angústia como uma espécie de medo da morte, como uma apreensão irracional diante do momento da incerteza. Associaram essa sensação à que ocorre no momento da morte. Em último caso talvez a angústia seja mesmo um afeto proveniente do instinto de defesa do ser humano. Queremos viver e, diante de escolhas ameaçadoras e promessas de segurança fáceis (como o mercado de propaganda, principalmente a propaganda política, age cotidianamente), tomamos a decisão que mais nos pareça salvaguardar nossa segurança e nossa vida.

Basicamente a angústia é gerada, comercialmente, como uma forma de acelerar nossas escolhas. Somos atirados a uma percepção da realidade onde o pensamento próprio vira "zona de conforto" e a pressa do fluxo da vida nos exige estar na "zona de ação". Uma mentira conveniente para quem vive de vendê-la.

Tempo
A questão na angústia é que ela modifica a nossa percepção do tempo. Angústia é como fome, ela nos gera pressa. E quando modificamos nossa percepção do tempo porque nos sentimos ameaçados, tudo o mais adquire uma importância diferente. Tudo vira urgência, porque a própria vida se sente ameaçada. Sem concentração não se aprofunda a percepção do tempo. Sem profundidade não há
raciocínio, apenas repetição. Aí vivemos o império dos "slogans" e suas respostas fáceis.

"O tempo está ligado a todos os nossos pensamentos. O erro que podemos cometer com relação a esse assunto consiste em acreditar que o tempo foge. Para onde fugiria?" - Alain, in As Aventuras do Coração
Tortura sinuosa
E seria cômico se não fosse trágico ver nossa sociedade apressada tomando decisões erradas para solucionar com pressa o que não temos "tempo" para resolver concentrada, calma e apropriadamente. Estamos apagando incêndios com colheres de chá e nos vendem sempre novas colheres feitas de novos materiais e com formatos vencedores de prêmios de design, mas que contém sempre a mesma quantidade de água!

É uma tortura sinuosa. E mesmo que não compreendamos conscientemente esse mecanismo o nosso inconsciente - capaz de fazer cálculos e conhecer perspectivas às quais nem sempre temos acesso - sabe o quão inútil é trocar de colher para apagar o incêndio. Muitas vezes ele até compreende que nem há incêndio ou até que o "incêndio" no caso é uma coisa boa para a cultura em que vivemos. E ele acumula e amontoa nossa tensão, preocupação, nervosismo, nosso medo do futuro. Eventualmente ele explode em atividades do nosso sistema nervoso autônomo, aumentando nossa pressão, gerando taquicardia e sentimentos de culpa.
Em termos de sociedade e modos de produção temos tanto medo de mudar que há anos a única atividade incessante que repetimos é pegarmos o desgastado rótulo "mudança" e transferimos ele para os incessantes potes que, dentro, contém "mais do mesmo".


Angústias psíquicas
Freud considerava a angústia uma "força pulsional primitiva", como a fuga e a agressão. A fuga e a agressão se revezam como respostas possíveis quando nos sentimos imediatamente ameaçados em nossa integridade física, intelectual ou moral. Podemos observar isso ocorrendo nas postagens políticas do facebook ultimamente.

Mas se para a fuga temos a opção da agressão, para a ansiedade temos o quê? O ódio! E também podemos perceber o mesmo funcionamento nos comentários e discussões nas redes sociais! Os discursos de ódio, de intolerância, de racismo, de preconceito, são alimentados por pessoas que se sentem pressionadas! A irrupção aguda de pânico ou pavor alimenta a ideia de que "se estou sendo atacado, vou atacar antes, e aniquilar tudo e todos que entendo como ameaças em potencial"!

Fluxos do medo
Pronto: Temos Bolsonaros e Felicianos defendendo a morte do que eles no fundo temem. E é por isso que a pergunta de muitos psicólogos é legímita: "Você tem medo de quê?" Essa pergunta irrita justamente porque quem está nesse estado angustiante não quer pensar, quer agir, porque se sente amedrontado, porque se vê como uma sensível criança indefesa diante do grande medo difuso que vai esmagá-los e aniquilá-los em qualquer esquina. Não por acaso esse é exatamente o mesmo tipo de discursos que encontramos nos filmes de Leni Rifensthal, famosa cineasta nazista.

Só uma insegurança muito grande pode alimentar esse tipo de pânico. Então, desculpem a sinceridade, mas não vejo esses sujeitos "se garantindo" em suas posições de homens. Ou pior: vejo-os aproveitando-se claramente de um medo difuso para angariar poder político em cima do medo e da dor alheios. O mesmo esquema da propaganda de guerra nazista.

"Se a cada um a angústia íntima se lesse escrita na fronte, quantos dos que nos inspiram inveja nos dariam pena?" - Metastásio
Medo da aniquilação
Leitores assíduos do meu blog estão familiarizados com o que chamo de "maturidade antropológica". Basicamente é a nossa capacidade de conviver com a diferença, com o outro em toda a sua diversidade. Termos medo de que o diferente nos "fagocite", nos engula e nos transforme em substrato dele mesmo, é uma espécie de angústia social constante.

A psicanálise liga a angústia à primeira experiência humana a um suposto trauma que sofreríamos, todos, por termos nos afastado do "paraíso primordial" dentro da aconchegante barriguinha da mamãe, aquele (suposto) universo perfeito, autocentrado e pleno.

Essa perda primordial geraria a angústia neurótica trazendo consigo ansiedade, agitação, fantasias, fobias e toda sorte de sentimentos confusos de impotência diante de um perigo real ou imaginário. Daí o ódio e o recrudescimento desses discursos que o propagam: estamos com medo de perder um "paraíso". Mas quem realmente crê que viva num paraíso?

Agitção, pressa, pânico!
A pressa de pensar numa "solução" para um "problema" que nos é apresentado como a soma de todos os males é o que faz com que tenhamos atitudes absurdas como a da minha parente que me disse que - como eu não poderia ajudá-la no momento em que ela queria - seria melhor que eu estivesse morto!

"Nas minhas ocupações de todo dia, vejo que a pressa é quase sempre inimiga da pressa" - Gustavo Capanema
Constelando problemas
Diante da pressão cultural constante e avassaladora criando um sentimento de culpa associado ao ato de pensar e decidir autonomamente, o impacto emocional de uma situação real (antecipada diversas vezes mentalmente através dos discursos de difusão do medo etc) pode constelar generalizações e distorções da realidade verdadeiramente traumáticas.
Quando associamos diversos estímulos com um significado semelhante ou próximo (do mesmo "campo semântico") estamos "constelando" em nossas mentes, uma determinada ideia, arquétipo ou afeto. Uma "constelação", no sentido psíquico, é uma totalidade ou agrupamento de fatores decisivos para um processo ou estado de ânimo. O excesso de estímulos ao medo, receio, insegurança e incerteza, nesse sentido, "constela" generalizações e distorções cognitivas: nós tendemos a interpretar tudo o que nos rodeia nos moldes fornecidos pela ansiedade: angústia ou ódio. Incerteza ou agressão. Quase tudo o que não nos parece imediata e diretamente "bom" ou "inofensivo" é taxado como ameaça em potencial.

A partir daí podemos compreender melhor o ambiente dos debates virtuais sobre eleições atualmente. E o quanto outros debates sobre outros temas também vêm acirrando os ânimos e fechando espaços para o diálogo, a troca saudável, o respeito e a convivência com o diferente. 

Plantando ansiedade
Nas teorias modernas da personalidade a ansiedade é formada pela associação entre estímulos neutros (que podem ser ressignificados facilmente como bons ou ruins), estímulos dolorosos (imagens constantes de violência, guerra e afins), ameaças (incluindo-se aí as ameaças indiretas e diárias de escassez, violência simbólica, verbal e física) e estímulos desagradáveis (mais leves que os dolorosos, mas também mais fáceis de se aceitar sem críticas). Se pensarmos na qualidade da nossa comunicação de massa hoje em dia poderemos compreender a construção da ansiedade em escala global. Mas precisamos disso? Aliás, quem ganha de verdade com isso?

"Quem passou pela vida em brancas nuvens e em plácido descanso adormeceu, quem não sentiu o frio da desgraça, quem passou pela vida e não sofreu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu." - Francisco Otaviano

De onde vem 
Existem várias fontes da angústia e da ansiedade além da socialização do medo na grande mídia para vender produtos-soluções ou políticos-soluções. Vamos elencar cada uma delas e lançar, sobre elas, algumas perguntas que não costumamos nos fazer. São elas:

  • Divergência de opiniões. Temos medo de não sermos compreendidos e, na pressa de nos sentirmos aceitos por determinados grupos ou pessoas, acabamos gerando uma angústia em relação à aceitação das nossas opiniões. Agora, pensemos nas pessoas que mais amamos, aquelas ao lado das quais nos sentimos realmente queridos, confiantes e amados. Elas concordam em absolutamente tudo conosco? E precisam? 
  • Construto Social (persona). Tendemos a criar uma máscara para lidar com a realidade ao nosso redor e tendemos, também, a ter uma expectativa muito alta da aceitação social que ela terá. Nossa máscara (em grego persona) tende a ser uma versão suavizada - em tons pastel, eu diria - da nossa personalidade. Uma forma mais branda de não chocar o mundo e nem se chocar contra o mundo. Quando não conseguimos que essa versão branda de nós mesmos se sinta aceita, realmente ficamos angustiados afinal, "o que eles pensariam se soubessem o que eu realmente penso?" ou "será que eles não percebem que eu fiz o meu melhor e, do meu jeito, fui até sensível, educado, coerente etc?". Agora e diga: o que te falta para esclarecer essas questões com quem é importante para você? Se a opinião de uma pessoa é tão importante a ponto de te magoar intensamente, você já reparou na importância que essa pessoa tem na sua vida? Já disse isso para ela? Será que isso modificaria um pouco sua forma de se relacionar e a maneira como você está se sentindo?
  • Conflitos. Chega a ser engraçado comentar sobre "conflito", porque, a princípio, temos não só todo o aparato biológico e psíquico para apreender novos conhecimentos através do conflito quanto o conflito, em si, faz parte da natureza do mundo e, também, das dinâmicas psíquicas. O conflito ou a "permanência ou concurso simultâneo de duas tendências de comportamento" existe desde que brigamos a primeira vez com nossos irmãos ou pais. O conflito faz parte da natureza e evitá-lo é postergar o aprendizado que há por trás dele. Evitar o conflito ou entrar num estado alterado de ansiedade e desconforto agindo por impulso e vivenciando angústia ou ódio é uma forma bem infantil de "repetir de ano" no aprendizado da vida. Será que existe alguma relação humana, no mundo real, sem nenhuma forma de conflito? 
  • Expectativa. Todas as demais estavam também ligadas a esse campo. Ah, uma vida sem expectativas! Talvez seja mais utópico do que uma sociedade sem conflitos ou a família do comercial de margarina. Já dizia Tony Garrido e Lulu Santos: "Todo mundo espera alguma coisa..." e não é só de um sábado à noite, mas da vida, das pessoas, do mundo. E o engraçado, muitas vezes, é a nossa idealização de que outras pessoas passariam por determinadas questões, dores, lutos ou decepções muito mais facilmente do que nós. Esse é o caso de uma expectativa dupla: de que o outro é uma pessoa mais forte (sob qualquer prisma) e de que eu deveria ser também! Vai saber se o marido calado no enterro da esposa está sofrendo menos do que o filho choroso ou se, além do sofrimento, ainda carrega a ideia de que deve se mostrar forte nesse momento para o filho? Pressupomos demais! Mas e se fosse possível se precaver caso essa coisa que te gera expectativa não acontecesse? Como seria? E se você tivesse um plano B? E o que te impede de tê-lo? E como ele seria? 
 "O respeito do outro pelo nosso sofrimento só é obtido pelo morto. Aí, mesmo os sofrimentos mais ridículos se tornam, graças a ela, respeitáveis." - Thomas Mann

Como ficamos
A ansiedade afeta principalmente dois processos cognitivos: a aprendizagem e o desempenho intelectual. Pessoas mais tensas têm mais "brancos" em provas, precisam ler várias vezes o mesmo texto para assimilar seu conteúdo, decidem com pressa e sem avaliar opções, tendem a permanecer nas opções dadas, ou seja, são menos criativas, pró-ativas e inovadoras. 

A tensão e o conflito são inevitáveis,
as formas de encararmos eles, assim como
nossos estados de humor, são negociáveis.
Não é à toa que as empresas atualmente estão desesperadas atrás de funcionários criativos e inovadores. Não são "funcionários" ou "profissionais" com essas qualidades que faltam no "Mercado", é uma questão mais simples, profunda e abrangente: São pessoas com essas liberdades e coragens que estão escasseando no planeta!

Quando foi a última vez que, sob pressão, você parou para repensar? Ou para respirar? Em que momento do dia você se dá uma "folga" para viver e desfrutar do seu ritmo? Alguma vez você chegou a confundir pensamento autônomo com "zona de conforto" ou "culpa"? E isso interessa para quem? E o que interessa a você? 

Por Renato Kress
Criador do Coach Quíron

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Anexo:

O que o Coach Quíron pode fazer para ajudar a diminuir nossa ansiedade e desenvolver nossa tolerância?

1. Ansiedade
Formular uma meta de vida seja pessoal ou profissional ajuda a centrar energias e esforços em algo previa e conscientemente estipulado por você, algo iniciado e terminado através dos seus atos, disciplina e esforço e, principalmente, algo dentro do seu controle de ação. Movimentar energia dentro deste campo impede que ela se perca gerando confusão, irritação e ansiedade.

2. Tolerância
Compreender seus desejos, metas e sonhos engloba compreender que eles não são universais, abrindo espaço para conhecer melhor o universo ao nosso redor e, assim, gerar melhores canais de comunicação.


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